A vida adulta é um verdadeiro festival de expectativas versus realidade. Quando éramos crianças, tínhamos uma lista mental de coisas que, ao alcançarmos, magicamente nos transformariam em adultos funcionais. Spoiler: a transformação nunca aconteceu, e estamos aqui, meio perdidos, tentando descobrir onde erramos.
Vamos explorar essa lista com uma boa dose de humor (e um toque de desespero) para refletir sobre essas expectativas que nos iludiram.
Ah, o fascínio do cartão de crédito! Crescemos vendo personagens de filmes deslizando cartões dourados como se fossem passaportes para a vida adulta. A realidade, no entanto, é menos glamourosa e mais cheia de boletos. Descobrimos que o cartão não era um símbolo de maturidade, mas uma entrada para o clube da ansiedade financeira.
Expectativa: “Agora eu posso comprar o que quiser!”
Realidade: “Por que paguei R$ 38,90 em um app que nunca usei? E o que é essa taxa de manutenção que aparece todo mês?”
Ter um carro parecia o auge da independência. Na infância, imaginávamos dirigir pelas estradas ouvindo música alta, sem preocupações no mundo. Mas o carro veio com IPVA, gasolina, revisões e aquela eterna dúvida: “Por que todo mundo quer me fechar no trânsito?”.
Expectativa: “Vou sair quando quiser e ir para onde quiser.”
Realidade: “Preciso vender o carro ou um rim para pagar o conserto desse mês.”
Nada grita “vida adulta” mais do que um emprego, certo? Mal sabíamos que junto com o crachá vinha um pacote completo: reuniões intermináveis, prazos surreais e colegas que insistem em fazer perguntas desnecessárias às 17h59 de uma sexta-feira.
Expectativa: “Finalmente, meu salário!”
Realidade: “Cadê meu dinheiro? Ah, foi tudo no aluguel, mercado e contas…”
A liberdade de ter sua própria casa parecia irresistível. Sonhávamos com maratonas de séries no sofá, decoração do Pinterest e noites de pizza. Mas esquecemos da parte em que tínhamos que limpar, cozinhar e, pior, conviver com o silêncio ensurdecedor do domingo à noite.
Expectativa: “Vou viver como nos filmes!”
Realidade: “Se eu colocar ketchup no macarrão, ainda conta como jantar?”
A primeira ida ao mercado sozinha deveria ser triunfante, mas foi mais uma sessão de terapia de choque. Descobrimos que sabão em pó tem 57 versões, que hortaliças precisam ser escolhidas (e não pegadas aleatoriamente), e que, sim, frutas podem custar mais caro que um jantar.
Expectativa: “Vou comprar tudo e ser muito saudável!”
Realidade: “Por que só tem miojo e sorvete no meu carrinho?”
Assinar plataformas de streaming era o nosso grito de liberdade contra a TV aberta. Mas quem diria que ter 14 opções de séries ao mesmo tempo nos faria passar mais tempo escolhendo do que assistindo? Sem falar na pilha de recomendações que nunca conseguimos alcançar.
Expectativa: “Vou assistir tudo o que sempre quis!”
Realidade: “Assisti os mesmos episódios de Friends pela décima vez.”
Achávamos que o blazer ou o sapato social eram o passaporte para sermos respeitados. A verdade é que eles só são usados em casamentos, entrevistas ou reuniões muito formais (onde você reza para ninguém notar que ele está um pouco apertado).
Expectativa: “Agora estou elegante e profissional!”
Realidade: “Posso usar jeans e tênis, né? Só hoje?”
“A tecnologia vai facilitar a minha vida”, pensamos. Colocamos as contas no débito automático e… surpresa! Ficamos quebrados porque esquecemos que a conta de luz ia cair no mesmo dia do happy hour.
Expectativa: “Adeus, atrasos e juros!”
Realidade: “Por que minha conta ficou negativa do nada?”
Investir em uma cafeteira era o sonho do café perfeito em casa, mas quem diria que as cápsulas seriam tão caras? No final, voltamos para o bom e velho coador de pano.
Expectativa: “Vou começar o dia como um barista profissional!”
Realidade: “Onde está aquele café de R$ 5 do mercado?”
A ideia de marcar consulta por conta própria parecia o auge da responsabilidade. Mas bastava entrar no consultório para esquecer todos os sintomas e responder: “Ah, doutor, acho que tô bem.”
Expectativa: “Vou resolver isso rapidamente.”
Realidade: “Preciso ligar para minha mãe e perguntar o que eu tenho mesmo.”
Você decide que vai cozinhar e compra uma panela cara, um conjunto de facas e até um moedor de sal rosa. Três meses depois, tudo está guardado e você voltou a pedir delivery.
Expectativa: “Vou ser o próximo chef da família.”
Realidade: “Onde está minha promoção de hambúrguer?”
Contratar um plano de saúde nos faz sentir como adultos completos até a primeira burocracia aparecer. E não importa o plano, sempre haverá algo que “não cobre”.
Expectativa: “Agora estou protegido.”
Realidade: “O que significa ‘procedimento não incluído’?”
Fazer reservas, montar roteiros e planejar tudo nos mínimos detalhes parecia uma ideia genial. Mas, na prática, acabamos sempre improvisando e gastando mais do que deveríamos.
Expectativa: “Minha viagem vai ser perfeita!”
Realidade: “Alguém sabe onde posso trocar 100 dólares no aeroporto?”
Ah, o sonho da produtividade. Compramos cadernos, planners e aplicativos, mas tudo volta ao caos depois de duas semanas.
Expectativa: “Agora vou organizar minha vida!”
Realidade: “Onde está aquele post-it com a data da reunião mesmo?”
Achávamos que aprender vinhos, tocar violão ou fazer yoga nos faria parecer sofisticados. No final, os vinhos são de promoção, o violão está empoeirado e o tapete de yoga virou cama do gato.
Expectativa: “Vou impressionar todo mundo com meus hobbies!”
Realidade: “Netflix é hobby, né?”
Comer em lugares badalados parecia um marco da vida adulta. Mas, depois de gastar o equivalente ao aluguel em um jantar, percebemos que um bom pastel de feira é tão satisfatório quanto.
Expectativa: “Vou ser uma pessoa de bom gosto!”
Realidade: “Será que dá para parcelar essa conta?”
Livros prometendo transformar sua vida pareciam a chave para alcançar o sucesso. Mas a maior transformação foi usá-los como suporte para o notebook.
Expectativa: “Vou mudar minha vida em 7 passos.”
Realidade: “Li 2 capítulos e esqueci o resto.”
Finalmente começamos a terapia, algo que realmente ajuda. Mas até isso tem seus momentos de frustração, como perceber que todas as respostas apontam para “você precisa dormir mais e parar de se comparar com os outros.”
Expectativa: “Vou resolver todos os meus problemas.”
Realidade: “Eu tenho mais problemas do que imaginava.”
Ter plantas parecia a coisa mais adulta e relaxante do mundo até você esquecer de regar uma suculenta.
Expectativa: “Minha casa será um oásis verde!”
Realidade: “Por que até o cacto morreu?”
No final das contas, a maior ilusão é pensar que os adultos sabem o que fazem. Crescemos e descobrimos que estamos todos improvisando.
Expectativa: “Vou entender tudo e dominar o mundo!”
Realidade: “Quem deixou eu ser responsável por mim mesmo?”
E aí, qual dessas situações é mais real para você? A verdade é que a vida adulta não vem com manual de instruções – e, talvez, seja isso que a torna tão divertida (e um pouco assustadora). Vamos seguir juntos nessa montanha-russa de boletos, expectativas frustradas e aprendizados inesperados. Afinal, ninguém nunca disse que crescer seria fácil, mas pelo menos podemos rir disso tudo.