Se eu pudesse te dar um único conselho…

Se eu pudesse te dar um único conselho nessa vida corrida, cheia de notificações e promessas mágicas… seria: acorde cedo um dia só pra ver o sol nascer.

Não por romantismo barato, não pra tirar uma foto pro Instagram. Mas porque existe uma sabedoria em ver o dia começar antes de todo mundo. É como se o mundo te dissesse: “Você tem mais tempo do que imagina.” E você tem.

Todo o resto que vou te dizer agora talvez não funcione pra todo mundo. Talvez nem sempre funcione pra mim. Mas eu juro que escrevo com o coração. E, no fundo, todo mundo precisa ouvir algumas verdades — mesmo que vá demorar um tempo pra entender.

Respira.

Respira fundo. Mais uma vez. Isso. A maioria dos nossos problemas começa quando esquecemos de fazer isso.

Respirar é o mínimo, mas também o máximo. Quando tudo estiver desmoronando, não faça nada por 5 segundos. Só respira.

Às vezes a vida não precisa de soluções, só de silêncio.

Não seja cruel consigo mesmo.

Você não é um robô. Você sente, se machuca, erra, aprende. E tá tudo bem.

A verdade é que a gente passa metade da vida se cobrando por não ser o que os outros querem. E a outra metade tentando lembrar quem a gente era antes de se cobrar tanto.

Então, por favor, não fale com você do jeito que você não deixaria ninguém falar com quem você ama.

Use seus domingos pra viver de verdade.

Domingo não é dia de sofrer por segunda-feira. É dia de café sem pressa, de andar descalço, de escutar música antiga e dançar com cara de bobo. É dia de ligar pra sua avó, de visitar um amigo, de olhar o céu.

Não transforme a vida em uma contagem regressiva entre boletos e e-mails. O que faz sua vida ser incrível não é a quantidade de compromissos, mas a qualidade dos vazios entre eles.

Aprenda a rir de si mesmo.

Vai por mim: você vai cair em público, errar nomes, esquecer datas, mandar mensagem errada, pagar mico e fingir naturalidade.

Quanto mais cedo você rir disso tudo, melhor. Quem ri de si mesmo nunca fica sem graça.

Ninguém tem tudo sob controle. Nem aquele cara que parece ter.

Sabe aquela pessoa que você acha que nunca erra? Que acorda linda, come saudável, é promovida todo mês e ainda tem uma samambaia viva em casa?

Ela também chora no banho. Também se sente perdida. Também esconde desordens no armário.

A diferença entre quem vive em paz e quem vive em guerra interna é só uma: aceitação. Quem se aceita, se perdoa. E quem se perdoa, respira mais leve.

Tenha uma plantinha.

Nem que seja uma suculenta. Cuidar de algo vivo que não fala, não reclama e só precisa de luz e água te ensina tudo sobre constância, paciência e tempo.

É um treino pra cuidar melhor de você.

Permita-se mudar de ideia.

Mudar de ideia não é fraqueza. É sinal de que você cresceu, que ouviu, que pensou de novo. E repensar é um privilégio de quem ainda está disposto a aprender.

Não se apegue a velhas versões suas só porque você as anunciou com muita certeza.

Você não é árvore: pode mudar de lugar, de sonho, de opinião e de cor de cabelo quantas vezes quiser.

Cuide do seu corpo, não por vaidade. Mas por gratidão.

Você tem um coração batendo aí dentro. Um pulmão puxando o ar sem você mandar. Um corpo inteiro trabalhando enquanto você dorme, corre, chora e ama.

Não retribua tudo isso com desprezo.

Mexa-se, coma bem, durma direito. Não como punição, mas como celebração. Você é um milagre em funcionamento.

Fique perto de quem te acalma, não de quem te excita.

Tem gente que entra na nossa vida como trovão: agita, sacode, empolga. E tem gente que entra como brisa: conforta, escuta, equilibra.

Com o tempo, você vai perceber que o amor que dura é o que acalma. E que a paz é muito mais sedutora do que a adrenalina.

Escolha gente que te quer bem — e demonstra isso no silêncio, no cuidado, no respeito aos seus nãos.

Faça alguma coisa sem esperar resultado.

Escreva sem publicar. Dance sem filmar. Cozinhe sem postar. Reze sem pedir. Aja sem querer aplauso.

Nem tudo precisa ser uma vitrine. A alma também precisa de bastidores.

Fale menos, ouça mais.

Todo mundo tá esperando sua vez de falar. Pouca gente escuta de verdade. Seja quem escuta.

Pergunte com interesse. E se não souber o que dizer, diga: “Estou aqui”. Às vezes, isso basta.

Perdoe. E não espere retorno.

Perdoar não é esquecer. É escolher parar de sangrar.

Às vezes você precisa perdoar gente que nunca vai entender o mal que te causou. E tá tudo bem. Perdoar é um presente que você se dá. O outro que lide com a própria consciência.

Você não precisa vencer em tudo.

Nem toda disputa vale seu esforço. Nem todo troféu vale o preço.

Ganhar e estar em paz nem sempre andam juntos. E, muitas vezes, perder com dignidade é um tipo mais raro de vitória.

Aprenda a sair de lugares onde só se vence machucando.

Duvide do que te prometerem demais.

Felicidade instantânea. Dinheiro fácil. Amor perfeito. Corpo dos sonhos em 7 dias.

Essas promessas são como glitter em propaganda de sabão: brilham bonito, mas não limpam nada.

A vida real é feita de paciência, tentativa e erro. Não existe mágica. Existe trabalho, presença, verdade.

Abrace quem você ama. Mesmo que seja sem jeito.

Não espere uma data. Um sinal. Um momento ideal.

Diga “te amo” agora. Mande mensagem. Escreva carta. Grave áudio. Compre o doce preferido daquela pessoa.

A gente acha que terá tempo. Mas o tempo não é garantido. E quem a gente ama precisa saber disso — em vida.

Seja gentil com quem te atende.

Com o entregador. Com a moça do caixa. Com o motorista de aplicativo. Com o estagiário. Com a senhora na fila do banco.

Você não sabe o que essa pessoa enfrentou antes de chegar ali. Gentileza não custa nada, mas pode ser tudo naquele momento.

A forma como você trata quem não pode te oferecer nada diz muito sobre quem você é.

Não tenha medo de pedir ajuda.

Ser forte não é aguentar tudo. É saber a hora de soltar o peso. É admitir que não consegue sozinho.

Peça colo. Peça conselho. Peça abraço. Peça socorro.

Ninguém vence sozinho. E quem tenta, só se machuca mais.

O tempo cura. Mas você precisa colaborar com ele.

Não adianta querer que o tempo resolva o que você insiste em reabrir. Deixe cicatrizar. Feche a ferida. Saia do mesmo ciclo.

A cura exige pausa, espaço, silêncio e decisão.

Doeu? Tudo bem. Chore, desabafe, escreva. Mas depois escolha viver. A dor pode fazer parte da sua história — mas ela não pode ser a sua identidade.

Ame mais. Julgue menos.

Ninguém é tão certo quanto acha. Nem tão errado quanto os outros apontam.

Todos estamos tentando dar conta da vida com as ferramentas que temos. Seja menos juiz e mais ponte.

Não transforme as diferenças em trincheiras. O mundo já tem críticas demais e empatia de menos.

Faça planos. Mas seja flexível.

A vida vai rir de alguns dos seus roteiros. Vai mudar a cena no meio do ato. Vai te levar pra outro caminho.

E tudo bem.

Planeje, sim. Mas saiba que, às vezes, o plano B é mil vezes mais incrível do que o A.

Tenha fé em alguma coisa.

Na vida. No amor. Em você. No universo. Em Deus. Na música. No riso de uma criança. No abraço que te acalma.

A fé é o que faz a gente continuar mesmo quando tudo diz pra parar.

Você não precisa entender tudo. Mas precisa acreditar que, de alguma forma, vai fazer sentido lá na frente.

E por fim… Viva.

Não apenas sobreviva.

Não adie sua vida pra sexta. Não dependa de férias pra ser feliz. Não espere tudo estar perfeito pra começar.

A felicidade, às vezes, está no meio do caos.

Está em rir no engarrafamento. Em encontrar R$5 no bolso. Em sentir o cheiro do café. Em ver o pôr do sol. Em escutar sua música preferida por acidente no rádio.

A vida é feita de momentos pequenos que, quando somados, viram algo grandioso.

E sabe qual é o maior segredo?

Você já tem tudo o que precisa pra ser feliz.

Respire. Recomece. Caminhe. E, por favor… olhe mais o céu.

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